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Por sete votos a cinco, a bancada do MDB resolveu indicar o senador Renan Calheiros (MDB-AL), em vez da senadora Simone Tebet (MDB-MS), para disputar a presidência do Senado pelo partido nesta sexta-feira, quando acontecerá a eleição na Casa. Com o resultado, Renan pode ser eleito presidente do Senado pela quinta vez. Ele é considerado um nome hostil ao governo Jair Bolsonaro, apesar de ter feito sinalizações de aproximação nos últimos dias.
Após o resultado, Renan evitou dar entrevistas. Ele foi questionado se o desfecho dividia a bancada. “Não sou que tenho que responder essa pergunta”, disse. Em seguida, foi questionado sobre sua experiência à frente do MDB. “A política é tão complexa que só a experiência não basta”, complementou.
A decisão saiu após mais de três de horas de reunião e foi marcada por um encontro tenso. Logo após os debates, os 12 parlamentares da bancada presentes sugeriram que Renan e Simone tentassem se entender para que o partido não precisasse deliberar sobre o assunto. Simone se recusou a conversar separadamente com o colega alagoano sob a justificativa de que eles já tinham discutido o assunto em outras oportunidades. Por conta disso, os senadores tiveram que votar, sendo que a maioria deles optou por usar uma cédula para o voto secreto.
Outro golpe importante na candidatura de Simone foi a ausência do senador Jarbas Vasconcelos (MDB-PE), que faltou à reunião. Ele havia dito, publicamente, que preferia a candidatura da emedebista do Mato Grosso do Sul, mas não apareceu no encontro para votar como havia indicado. Na versão de aliados de Simone, Jarbas estava em Brasília ontem e, mesmo assim, não apareceu.
A suspeita, disseram emedebistas vencidos, é que Jarbas faltado por dever a Renan sua permanência no partido, durante as negociações para a filiação do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), um concorrente em seu estado. Procurado, ele justificou a ausência dizendo que vai votar no candidato do PSDB, senador Tasso Jereissati. “Meu voto sempre foi aberto. Voto no senador Tasso Jereissati para presidir o Senado”, disse ao Broadcast.
Ao final, Simone negou que vá se lançar como candidata avulsa porque não tem um partido que a apoie. “A minha candidatura avulsa só complicaria o processo para qualquer lado. Então, neste momento, de hoje para amanhã muita coisa vai acontecer, mas neste momento não há espaço para a minha candidatura porque não tem um partido que venha apoiar”, afirmou a emedebista.
Simone também negou que vá sair do partido após este resultado. “Nunca disse que sairia do partido se fosse derrotada. Houve, sim, vários companheiros sondando, que se eu saísse do partido, eu poderia ser a candidata de vários ou da maioria deles. Mas eu deixei claro que, nesse caso, eu poderia até ser leviana porque eu sempre defendi o direito democrático das urnas”, complementou.
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